Fábrica da FCA em Pernambuco terá dois novos modelos até 2016
Linha de produção ainda tem capacidade para um quarto modelo
Inaugurada esta semana, a fábrica do Jeep Renegade em Goiana (PE) é considerada a mais moderna do grupo FCA (Fiat Chrysler Automobiles) no mundo. A unidade tem capacidade para produzir 250 mil carros por ano e até quatro modelos. Em coletiva de imprensa após a inauguração da unidade, o CEO da FCA, Sergio Marchionne, garantiu que a unidade fabricará mais dois modelos até 2016.
O Jeep Renegade é apenas o primeiro carro fabricado na unidade, mas nem todos serão Jeep. Na coletiva, Marchionne se negou a comentar sobre os futuros carros da unidade. Mas já é possível prever o porvir.
A nova picape média da Fiat vai se tornar o segundo modelo fabricado na unidade. Apesar das linhas bastante diferentes antecipadas pelo conceito FCC 4, mostrado no Salão do Automóvel do ano passado, a picape terá plataforma praticamente idêntica à do Renegade até o final das portas dianteiras.
A picape da Fiat pode ter acabamento mais simples que o do Renegade - que tem painel totalmente emborrachado, por exemplo – mas deve repetir a mecânica oferecida no SUV: motores 1.8 E.TorQ EVO flex de 132cv com câmbio manual ou automático de seis marchas e o 2.0 Multijet diesel de 170cv, sempre com câmbio automático de nove marchas e tração 4x4. Mesmo assim, a Fiat estuda oferecer o motor 2.0 Tigershark de 156cv, que hoje equipa o Jeep Compass.
Falando no Compass, seu substituto será o terceiro modelo pernambucano. Apelidado de “Compatriot” pela imprensa estadunidense, o crossover também terá a missão de substituir o Jeep Patriot. A plataforma poderia ter a ver com a utilizada pelo Jeep Cherokee, derivada do Alfa Romeo Giulietta, ou com o Renegade – que por sua vez bebeu na fonte do Fiat 500L.
A nível mundial, o plano de expansão da Jeep seria concluído entre 2017 e 2018, com o lançamento de um SUV topo de linha que resgataria o nome Wagoneer, e ainda um utilitário compacto que seria posicionado abaixo do Jeep Renegade. Não custa imaginar que este último poderia ser fabricado em Pernambuco. Ou, quem sabe, um utilitário derivado da picape Fiat…
O que estes projetos deixam claro é que a fábrica de Goiana terá sua estrutura moderna e versátil aproveitada com carros também mais modernos, enquanto a fábrica de Betim continuará focada em carros mais baratos e com menor valor agregado.