Pergunta da Semana – Até quando o acabamento interfere em uma compra?
Bancos de tecido, veludo ou couro?
O tema de hoje surgiu de uma conversa de bar, lugar propício para filosofar. Um conhecido me dizia, com segurança do que falava, que não compraria nenhum Volkswagen GTI que viesse com tecido nos bancos de fábrica, independente do desconto obtido, pelo simples fato de odiar o tartan característico que forra os assentos dessas versões. E por achar que um veículo dessa categoria simplesmente fica estranho sem revestimento de couro.
Tudo bem. Só que nesse exato momento eu passei a me sentir como um alienígena das Ilhas Galactas. Porque eu pagaria para que meu Golf ou Polo viesse com o tartan no lugar do couro! Não obstante, há um tempo atrás vi minha namorada criticar certo compacto porque, entre outras coisas, ele vinha com bancos de veludo. Entretanto, isso já foi símbolo de status e dá outra cara ao interior.
Não foram poucas as vezes que vi uma compra ser decidida por questões de acabamento interno. Bons carros deixados de lado na hora de bater o martelo por ter interior em tons mais claros. Uma ditadura do preto-e-prata que não deixa espaço para combinações como a que vi esse fim de semana: uma 300SL R129 azul-escuro com interior vinho escuro, quase marrom! Isso sem contar um Passat Variant azul com interior creme que já me deixou babando várias vezes.
Também tem a ditadura do couro. Cidadãos de bem que tiram o tecido original e as vezes interessante de seus interiores para a colocação de couro de qualidade e procedência duvidosa, com aspecto gorduroso e que te remete a algum massacre de animais indevidos para tal – por mais que seja sintético. E na regra dos fabricantes, nenhum carro médio vende bem sem bancos de couro.
Por que o brasileiro, numa terra judiada de tão quente, sente prazer à la "50 Tons de Cinza" ao se assentar nesse revestimento a quase 50ºC?
Vamos lá, debata conosco esse difícil tratado sociológico. Deixe sua opinião abaixo!