Koenigsegg mostra o revolucionário Regera

Supercarro tem 1.510cv, passa dos 400 km/h e não tem câmbiokoenigsegg_regera_1


No começo da primeira década dos anos 2000, a ressurreição da Bugatti, com seu poderoso Veyron, elevou o nível dos supercarros a um outro patamar. Com 1.001cv de potência e mais de 400km/h de velocidade máxima, se tornou um marco. Surgiram inúmeros rivais em mais de 10 anos de produção, mas, ao que tudo indica, a Koengisegg foi quem mais teve sucesso na criação de um concorrente para o Veyron, e o Regera é prova disso.

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Mantido em completo e absoluto sigilo até as portas de Genebra se abrirem, o Regera só teve um teaser revelado, com a expressão “megacarro”. E a “alcunha” não é exagero. Ele é mais potente que o Agera One:1. Se este tinha 1.360cv (1 megawatt) de potência, o Regera o supera categoricamente, tendo 1,11 megawatt (ou 1.510cv). E o mais impressionante é que ele... não tem câmbio!

Diferente dos outros
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E não é só na concepção que ele difere de outros Koenigsegg. Se os antecessores tinham determinado despojamento na sua construção, mais próximos de carros de corrida que com GTs luxuosos ou supercarros de construção refinada e conforto idem, o Regera rompe com essa máxima.
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Christian von Koenigsegg o definiu como um “hipercarro de luxo”, e não estava brincando. Há mais isolamento acústico que qualquer outro carro da marca, e todo o interior é revestido de couro. Além de bancos bem-estofados com ajustes elétricos, ainda há iluminação intimista e até o novíssimo sistema Apple CarPlay, com conectividade 3G e Wi-Fi e alto-falantes de alta definição. A conectividade também se estende ao sistema de diagnóstico e atualização de firmware remoto.
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Apesar de dividir a plataforma com o Agera, ele tem linhas totalmente novas. A frente é mais aerodinâmica que a do “irmão”, enquanto o subchassi traseiro agora traz suportes flexíveis de borracha em vez dos sólidos, para melhorar o conforto e os níveis de ruído. Tal qual outros Koengisegg, o teto rígido pode ser removido, transformando ele num belo roadster.
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As rodas são de fibra de carbono e os pneus dianteiros, curiosamente, são mais largos que os traseiros, como forma de compensar o peso das baterias instaladas no túnel central. Os amortecedores são ajustáveis, e ele ainda possui flaps aerodinâmicos no assoalho, completamente ajustáveis pelo motorista, assim como a asa traseira retrátil.

Mas... e a mecânica?

O revolucionário conjunto motriz do Regera tem funcionamento peculiar e ao mesmo tempo impressionante. Chamado de Koenigsegg Direct Drive (KDD), é um sistema de transmissão direta que é formado por três motores elétricos e o V8 biturbo. Ou seja, de certa maneira ele é um híbrido! E sim, é possível até mesmo rodar 30km sem gastar uma gota de gasolina.

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Um motor elétrico de 210cv conectado na frente do V8 faz as vezes de motor de partida e gerador de energia, a partir do momento que o V8 passa a funcionar, alimentando a bateria de 9kW. Os outros dois motores elétricos de 245cv ficam nas extremidades do eixo traseiro, cada um responsável por uma roda.

Até os 50km/h só os dois motores elétricos traseiros trabalham (ou seja, há 490cv empurrando o Regera). A partir daí um acoplamento hidráulico conecta o V8 ao resto do sistema e seus 1.100cv recebem aval para dar tudo de si. Agora a missão dos motores elétricos traseiros é vetorizar o torque do V8, dando mais força em suas respectivas rodas para melhorar o desempenho em curvas, por exemplo. E o motor de 210cv recarrega a bateria. Só que a potência máxima que o conjunto consegue gerar ao mesmo tempo é de 1.510cv.
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É complexo e ao mesmo tempo simples. Na estimativa da Koenigsegg, se houvesse apenas um motor V8 e um câmbio sequencial de sete marchas o carro seria 88kg mais pesado, e isso contando com os 115kg da bateria. Como não há alavanca para trocas, pedal de embreagem, engrenagens ou diferencial, é plausível.

Os quase 200kgfm de torque catapultam o Regera aos 100km/h em apenas 2,7 segundos (em patamar de igualdade com Nissan GT-R, Hennessey Venom e Ariel Atom V8). Mas quando ele passa dessa velocidade é que a brincadeira começa a ficar mais séria: os 300km/h são alcançados em 12 segundos cravados, e oito segundos depois, os 400km/h já foram rompidos.

Nessa hora, muito provavelmente o dono de um Regera já terá ultrapassado um McLaren P1, uma LaFerrari ou um Porsche 918 RS Spyder.

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