Honda HR-V chega em março com o melhor de Fit, City e Civic
Elementos dos três modelos de sucesso estarão no SUV compacto
Esperar a fábrica de Itirapina (SP) ficar pronta seria arriscado, então a Honda deu um jeitinho na fábrica de Sumaré e a unidade passará algum tempo encarregada do SUV compacto HR-V, que estreia em março nas lojas. O planejamento deu certo, tanto que começa a ser vendido quase que junto de dois novos concorrentes: Peugeot 2008 e Jeep Renegade. Mas o que o Honda HR-V tem de tão especial?
Compactos transformados em utilitários não são novidade. Fizeram fama pela altura livre do solo que os fazem mais altos, porém pequenos, agradando quem busca mais visibilidade sem que isso dificulte sua vida na hora de procurar uma vaga. Só que o HR-V parece ir um pouco mais além, combinando o que há de melhor nos compactos da Honda com um pouquinho do Civic.
Explico.
O Honda Fit é uma maquete que exemplifica a forma como os japoneses conseguem aproveitar o território pequeno seu país. São 4m de comprimento, mas ainda é mais espaçoso do que um Civic com seus 4,52m, e seus sistema de rebatimento dos bancos otimiza ainda mais o aproveitamento do espaço. Legal é que isso tudo se repete no HR-V, que usa a mesma plataforma do Fit, só que, no fim das contas, tem 4,29 metros de comprimento, 1,77m de largura, 1,60m de altura , 2,61m de entre-eixos – o mesmo do Civic - e 393 litros de capacidade no porta-malas – 30L a mais que o Fit.
Do Civic LXS vem o motor 1.8 i-VTEC Flex One, que produz 139cv e 17,5kgfm com gasolina e 140cv e 17,7kgfm com álcool. Será a única opção de motor, o que não é um problema: não fica muito distante dos concorrentes 2.0 nem de dois 1.8 da mesma faixa de preços onde estará inserido: Chevrolet Tracker e Jeep Renegade.
O mais interessante é que o Honda HR-V será o primeiro no Brasil a combinar este motor com o câmbio CVT. Neste caso, a mesma versão que equipa os City mais caros, com sete marchas virtuais e borboletas para trocas sequenciais. Como o motor é mais forte, o pequeno utilitário pode empolgar mais do que o sedã na estrada.
Algo que também sai do Honda City é o ar condicionado digital com interface sensível ao toque. Não é o mais prático, mas é vistoso e diferente. O volante também é do sedã, mas a tela no meio do painel é de uma verdadeira central multimídia, não um rádio bonitinho sem navegador como os de Fit e City. O painel também tem mais personalidade, com saída de ar central unificada com a do carona e câmbio em posição elevada. E o freio de estacionamento é elétrico, nem o Accord tem isso…
O Civic também empresta os comandos dos vidros elétricos com iluminação. É um tanto quanto irritante, talvez medíocre, ver que Fit e City não têm isso – assim como como outros tantos carros com preços consideráveis.
O preço é uma boa questão. Deverá começar em R$ 75 mil, mas isso se não houver uma versão simples DX sem mimos e com câmbio manual. A versão mais cara deverá chegar próximo dos R$ 90 mil, para dar algum espaço para o Honda CR-V, que passa por reestilização neste semestre.
As fotos já são do Honda HR-V brasileiro, que até já ganhou hotsite com vídeo. É só uma prova de que o lançamento está muito próximo.