SAC: o que sugerir para as fabricantes brasileiras?
Quais versões de carros nacionais você gostaria de ver?
Eu já falei aqui que os carros vendidos aqui no Brasil são chatos e que as montadoras abusam dos absurdos entre configurações e tabela de preços. Vamos então propor algumas mudanças, alguns toques e alguns sonhos?
Vai dizer que ele não pede uns 20 cavalos a mais??
Nós que gostamos de carros sempre curtimos versões esportivas com modificações mecânicas e desenho “diferenciado”, não? Hoje vivemos um marasmo entre os pequenos esportivos com preços abaixo dos 70 mil reais. Que tal um Gol, com motor 1.6 16v de 120 cavalos, carroceria duas portas, rodas aro 16 (ou 17), suspensão recalibrada, escape nervoso e um interior com bancos envolventes, volante de base reta, painel modificado e um conjunto de pedaleiras e manoplas estilizadas? São todos itens possíveis e dignos da sigla mítica “GTI”.
Esportivo com motor 1.4 e câmbio de botões?
Na Fiat, que já produziu o lendário Uno Turbo, poderia colocar o motor eTorq 1.6 ou 1.8 16v no Uninho e fazer uma versão Sporting de verdade. Até porque o 500 é carro de nicho e pouco prático para o público brasileiro. A GM, que em 2014 fez a versão horrorosa Effect, poderia colocar o motor da Tracker no cofre do Onix e criar um verdadeiro hot hatch, ou menos, bastaria o 1.6 Ecotec que era usado pelo Sonic. A Ford, bem, a Ford fez a lição de casa e vai trazer para o Salão e, se Deus quiser, para as ruas o encantador Fiesta ST. Que faça escola!
Entre os sedãs médios, uma versão com motor forte, câmbio manual e com equipamentos também sempre são bem-recebidas entre os apaixonados por automóvel. Afinal, neste segmento, câmbio manual é sinônimo de modelo de entrada. A Toyota poderia criar uma versão GLi 2.0 ou até mesmo uma XEi 2.0 com câmbio de seis marchas. O bicho passaria fácil dos 210 km/h e atingiria 100 em menos de 9 segundos. O mesmo para a Honda e seu Civic. Um Si para menos afortunados poderia encontrar seu espaço no mercado.
A Fiat tirou o agradável Linea TJet por questões de mercados, mas agora com os PSA 1.6 16v turbinados, poderia relança-lo. O interior bege marcou. Aliás, donas francesas, que tal uma versão com câmbio manual para os amantes de estradas sinuosas e ultrapassagens divertidas? A Volks e seu Jetta tesudo – que tem no DSG um de seus trunfos - deve ganhar uma versão mais barata com o delicioso motor 1.4 TSi, no lugar do 2.0 derivado do AP do Santana. Assim como o Golf, ele com seis marchas na mão deve ficar um espetáculo. A Ford papa mosca em não oferecer versões de câmbio manual com o motor 2.0 de bons 178 cavalos para seu igualmente bom Focus. O antigo, com 147 cavalos, era um sopro de alegria na insossa linha da marca do oval azul.
Eeee eu gostava tanto de vocêêÊê
E as peruas? Custaria muito para Volks lançar uma linda Parati no lugar da chata e feminina SpaceFox? Resgate a paixão de seus fãs e faça isso. Vocês não aprenderam que tirar o Voyage para colocar o lixo do Polo Classic argentino em 1996 foi uma bela mancada? Estão esperando o que? A Toyota, que cativou os pais de famílias com sua indefectível Fielder, poderia trazê-la de volta e acabar com essa moda chata de crossover e SUV. Tudo bem que ia cobrar 259.990 por uma versão Altis, mas já ia valer alguma coisa.
308 Sw. “Feia”, né?
A Peugeot que tinha a interessante 307 SW poderia, na reestilização futura do 308, trazer, nem que seja importada, a bela 308 SW lançada há pouco na França. A Volks, que teve um excelente exemplo de como se fazer uma boa perua, com sua Jetta, está trazendo sua versão 2015, renomeada como Golf (faz mais sentido). A Hyundai poderia seguir seus caminhos e vir com a nova I30 CW. A antiga, com suspensão multlink, motor 2.0 e desenho interessante, é uma barbada no mercado de usados. Hoje, tirando as belas e caras importadas premium, só temos no mercado a Elba Weekend, quero dizer, Palio, com mesmo projeto de 1996 e mais botocada que a Elza Soares e o SpaceFox, que é argentino. Uma pena.
Weekend: a única perua nacional no mercado
Falei aqui de possibilidades não tão irreais. E nem citei preço para não atrapalhar. E também não sugeri nenhuma versão perua de Ferrari de 2 lugares. Ou seja: dá pra fazer. Mas fica a dica, senhoras montadoras. Larguem de má vontade.
E vocês, sugerem alguma outra mudança?