Peugeot ignora novos 308 e 408 e adotará medidas paliativas nos modelos brasileiros
Para variar…
Na Europa, o 308 ganhou uma nova geração recentemente, se inspirando fortemente no 208. Enquanto a expectativa girava em torno da vinda da nova geração para o país, assim como o novo 408, apresentado na China, flagras na Argentina revelaram que a marca francesa pretende aplicar mudanças pontuais no design dos modelos, alinhando-os com a identidade visual da marca, caracterizada pelos faróis com reentrâncias e pelo logotipo, que está de volta à grade dos Peugeot.
Uma vez que as unidades brasileiras são produzidas em El Palomar, na terra dos hermanos, é fato que o Brasil terá mais um ciclo de reciclagem dos hatches franceses, pondo em perigo qualquer tipo de alinhamento com o que há de novo lá fora. E não se trata de complexo de vira-lata: o 308 chegou ao Brasil com cinco anos de atraso. No ano seguinte, a nova geração já batia na porta da Europa.
A proposta é, no mínimo, contraproducente com a chegada do Golf no mercado e sua eventual nacionalização. As razões, dessa vez, se concentram na entrada de dois novos acionistas – a chinesa Dongfeng e o próprio governo chinês, que estão limitando o orçamento da Peugeot. Com o plano de desenvolver as plataformas mais recentes sendo postergado, a saída foi atualizar o 308 para torná-lo minimamente competitivo.
Os flagras evidenciam que as mudanças serão pontuais, se concentrando na dianteira, traseira e no interior. Deve-se esperar forte proximidade estética com a nova geração do 308 e 408, assim como o 508 reestilizado. As lanternas deverão ter LEDs, seguindo a proposta do C4 Lounge, da parceira Citroën. É provável que a Peugeot aproveitará o Salão Internacional de São Paulo, que estará aberto ao público entre 31 de outubro e 9 de novembro, para apresentar as mudanças na linha.