Ferrari estaria trabalhando em motores com turbo elétrico
Sistema que elimina o turbo-lag pode aparecer na atualização da 458 Italia
Turbos com funcionamento elétrico parecem ser o futuro no que diz respeito a um melhor aproveitamento dos motores e a Ferrari, que por muito tempo evitou adotar turbinas está de olho na nova tecnologia. A vantagem está na eliminação do turbo-lag, o tempo que a turbina demora para “encher” e entrar em ação.
Numa rápida explicação, o turbo funciona por meio da pressão dos gases de escape. Portanto, ele só começa a atuar devidamente a partir do momento em que os gases de escape são suficientes para movimentar a turbina a uma boa velocidade. O tempo que demora para isso acontecer é o turbo-lag. Hoje as fabricantes minimizam o efeito usando duas turbinas ou uma com duplo estágio.
O turbo elétrico – ou e-turbo – usa um motor elétrico para movimentar a turbina e, por isso, seu funcionamento é independente dos gases de escape. O que os rumores apontam é que a Ferrari estaria trabalhando no desenvolvimento do sistema para um de seus motores. Detalhes são escassos, mas a princípio não será o motor V12, imaculado pela fabricante, e que deverá permanecer aspirado para não perder sua “essência”.
A novidade poderia ser vista já no ano que vem na atualização da Ferrari 458 Italia, que poderia receber um motor V8 twin-turbo de 670cv, como parte do downsizing dos motores dos carros da marca. Hoje a California T (fotos) é a única Ferrari equipada com turbo.
Ainda assim, o mais provável é que a Audi se torne a primeira fabricante adotar o e-turbo em carros de série. Ela já demonstrou a tecnologia no Audi RS5 TDI concept com um 3.0 V6 TDi equipado com um turbo elétrico e-turbo aliado a dois turbos convencionais. O resultado final se resume a 385cv e 75 kgfm. Este novo motor V6 TDi deverá chegar ao mercado em 2015, possivelmente no primeiro RS TDi da Audi. Um R8 TDi é também uma possibilidade.