Ariel faz o retorno às duas rodas
Sem fabricar motos desde 1970, marca volta com modelos custom e naked
Muitos entusiastas dos carros de alto desempenho devem conhecer o Ariel Atom, super carro inglês que é notório pelo baixo peso e altíssimo desempenho, mas quase ninguém sabe que nem só de carros foi feita a fabricante. Entre 1902 e 1970 ela esteve ligada ao mundo das motos, antes de mudar o nome e se tornar BSA. E o relançamento acontece em grande estilo, com a nova Ace. A moto se destaca pela vasta opção de customizações, podendo se tornar uma naked - como são chamadas as esportivas sem carenagem - até uma cruiser – semelhante ao estilo das Harley-Davidson.
As linhas das motos não deixam de ter uma correlação com os carros atuais fabricados pela Ariel. O quadro de alumínio lembra bastante os Atom, recebendo um mínimo de “carroceria”, feito de compósito de carbono. E ainda nas customizações, há três modelos, três distâncias diferentes de entre eixos, e de tanques (de 14 a 21 litros). Além disso ainda há opções de altura de assento e calibração de suspensão (três e duas, respectivamente). Guidão, inclinação do garfo, e posição dos pedais e comandos são ajustáveis. Além deles, itens como escapamento, rodas e painel também podem ser configurados. A transmissão final é usada por meio de cardã e tem controle eletrônico de tração e freios ABS de série. Fechando a lista de opcionais, há rodas de carbono.
Mas o conjunto mecânico não é próprio. O motor vem da Honda VFR 1200 F, que é um V4 de 1.237 cm³, com 175 cv de potência e torque de 13,1 kgfm, acoplado a uma transmissão manual comum ou uma automatizada de dupla embreagem também da Honda, com os modos Auto, Sport e Manual. A produção da moto, tal qual os carros da marca, será restrita, entre 1—e 150 unidades anuais.