Chevrolet decreta fim aos modelos velhos e substituto do Celta será um compacto global
Projeto está avançando na Europa e fornecedores são cotados no Brasil
A Chevrolet reduziu a gama do Celta a uma única versão na linha 2015, e na semana passada o presidente global da Chevrolet, Alan Batey, declarou à revista Autoesporte: "Não teremos mais produtos antigos no Brasil. Tomamos uma decisão de tornar a Chevrolet uma marca global". O fim está próximo, ao menos para o Celta, que foi lançado em 2001 mas que utiliza plataforma estreada no Brasil há 20 anos pelo Corsa e ainda utilizada por Classic, Agile e Montana, que também morrem logo.
O substituto do Celta já começa a aparecer pelo mundo. Será o um novo compacto global que a General Motors desenvolve para ocupar o lugar do Spark na Ásia e do Agila na Europa. Será um subcompacto que já tem seu laser de mira apontado diretamente para as testas do Volkswagen Up! e dos futuros subcompactos da Fiat e da Renault.
Observando os últimos flagras do modelo registrados na Europa, é de se imaginar um carro muito próximo do que é representado pelas projeções da revista inglesa Autoexpress. Nas imagens o modelo aparece com o símbolo da Vauxhall, que é a subsidiária britânica da Chevrolet, e deve se chamar Viva. Este nome, por sinal, era o nome que seria adotado no Agile, e que batizou todo o seu projeto até o lançamento.
O pode até aproveitar o nome, mas mais certo do que isso é sua apresentação em março de 2015 no Salão de Genebra, chegando às lojas europeias no segundo semestre já como linha 2016. As linhas têm inspiração, em parte, nos modelos europeus do grupo GM (como o Adam, da Opel), e alguns detalhes de modelos asiáticos, como Spark e Sonic.
Internamente, espera-se que o projeto do novo carro seja mais refinado, com acabamento idem, usando plásticos de textura mais agradável e painel com desenho mais estiloso, além de itens de tecnologia como o sistema MyLink, que faz muito sucesso no Brasil. O que varia em relação aos mercados é a mecânica.Segundo a publicação inglesa, o Viva contará com motor 1.0 de três cilindros de 90cv, mas a GM do Brasil já descartou os três cilindros para o Brasil, embora estejam confirmados motores inéditos e mais eficientes.
No Brasil, já há certa movimentação nos bastidores da Chevrolet. Antes batizado como “Projeto Jade”, hoje ele é conhecido como “Âmbar” e já tem componentes sendo cotados junto a fornecedores. A cotação considera orçamento para 300 mil veículos por ano, com início da produção previsto para 2017 na planta de São José dos Campos (SP). Há interesse em fabricá-lo aqui para exportação, mas caso os custos sejam elevados, ele poderia ser montado em Rosário, na Argentina, onde o Agile – não confundir com o Agila - é fabricado.
Nem Celta. Classic, Agile ou mesmo a Montana – que logo deve ganhar um substituto - deverão passar de 2016. Nos resta torcer… Quem sabe o “Âmbar” não desponta com conjunto tão revolucionário quanto o do Corsa em 1994? Só não pode durar mais 20 anos… (Com Pedro Ivo Faro)
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