FCA revela os planos para suas marcas em todo mundo
Fiat, Jeep, Chrysler, RAM, Alfa Romeo, Dodge, Ferrari e Maserati já tem futuro traçado
Mãe Dináh nos deixou durante o último final de semana, mas ao menos não precisaríamos de seus poderes de vidência para saber quais são os próximos passos da FCA, empresa que surge da fusão entre o Grupo Fiat e o Grupo Chrysler. Sergio Marchionne, CEO da FCA, apresentou hoje me Detroit os rumos das marcas que estão sob sua tutela, e o Brasil teve destaque.
O objetivo principal da marca é fechar 2018 com 1,9 milhão de carros vendidos em todo o mundo, ante os 1,3 milhão atual. Para tal, suas vendas anuais na China terão de passar dos atuais 70.000 para 300.000. Na América Latina, terá de passar de 700.000 para 800.000 e na América do Norte espera conseguir dobrar as vendas atuais, chegando a 100.000 carros. Por fim, Europa, Oriente Médio e África terão de somar 700.000 carros.
Fiat
A Fiat não mudará muito seus rumos, mas tem lançamentos importantes previstos para os próximos quatro anos. O cronograma acima elucida os planos para o Brasil logo no topo. Para este ano teremos apenas o facelift do Uno, muito em breve. Para 2015 estão previstos o novo subcompacto da Fiat que será seu novo carro de entrada e sua nova picape, sendo que o SUV derivado de sua plataforma (não é o 500X) só começa a ser vendido no ano seguinte. Ambos serão fabricados em Pernambuco. Ainda em 2016 surge o substituto do Punto e a reestilização de meia-vida do Grand Siena. O Palio será reestilizado em 2017 e em 2018 surge o “New Siena” que, provavelmente, é o substituto do Siena EL.
Importante observar que a Fiat matou o Bravo a nível global. Ele ainda ganhará um facelift, mas não terá sucessor antes de 2018. O Ottimo, versão hatch do Fiat Viaggio, seria um sucessor, mas só está nos planos da Ásia. Os europeus é que receberão uma família de compactos com sedã, hatch e perua, que juntos ocuparão o posto do Bravo, além de um hatch maior que substituirá o Punto. Para eles, no entanto, a novidade mais aguardada agora será o 500X.
Jeep
O terceiro carro que será produzido em Pernambuco será o Jeep Renegade, que é peça chave para o crescimento da participação da marca no País. Com produção local ela deixa de ser uma marca de nicho, que apenas importa, para ser fabricante, com um produto que pode alcançar um boas vendas.
A nível global ela terá quatro lançamentos até 2018: um SUV que substituirá Compass e Patriot em 2016, nova geração do Wrangler e nova geração do Grand Cherokee em 2017 e o novo Jeep Wagoneer em 2018.
Dodge
A Dodge ainda está distante dos nossos desejos. Ela absorve a SRT novamente trazendo o Viper para si, e este tem reestilização de meia vida programada para 2015. Os Charger e Challenger reestilizados já foram apresentados, mas estes já tem nova geração prevista para 2018. Dart e Journey ganham nova geração em 2016 e o logo ganham uma versão SRT. O lançamento de um compacto está na programação de 2018.
Chrysler
Além de ter de nos apresentar a reestilização do 300C ainda este ano, a Chrysler tem em seus planos o lançamento de um sedã compacto em 2016, mesmo ano em que lança nova geração do Town & Country, com direito a versão elétrica. Em 2017 ela reestiliza o 200 e lança um crossover grande inédito também com versão elétrica. Um crossover médio e a nova geração do 300C serão lançados em 2018.
Alfa Romeo
A Alfa Romeo tem a planilha mais discreta, mas responsabilidade grande. 5 bilhões de euros serão investidos para o lançamento de sete novos modelos, que deverão ser responsáveis por fazer a marca passar dos atuais 74.000 carros por ano para 400.000 carros.
O próximo lançamento será um sedã médio no final de 2015. Para os dois anos seguintes não há distinção de tempo para o lançamento do novo Giulietta, nem de seu novo sedã grande, nem para seus SUV e tampouco para o esportivo que está nos planos. Na lista, não há substituto para o subcompacto MiTo nem para o 4C.
Ferrari e Maserati
A FCA foi bastante contida ao falar de suas marcas de esportivos. Sobre a Ferrari, disse apenas que lançará um novo modelo por ano até 2018 e que o ciclo de vida de seus carros e reestilizações será de quatro anos. O lançamento de versões especiais também está nos planos, mas ainda assim querem manter a produção máxima de 7 mil carros por ano para aumentar a exclusividade – e aumentar os lucros.
Na Maserati as coisas são mais claras. O SUV Levante será lançado no ano que vem e em 2016 surge o Alfieri, esportivo menor que o GranTurismo, que por sua vez surge logo depois em nova geração.