Road test | Chevrolet TrailBlazer LTZ 2.8 CDTi
SUV de verdade, modelo se destaca pelo conforto e espaço interno
Dono de um excelente conjunto mecânico e detentor do título de carro mais caro fabricado no Brasil (R$ 166.890 na unidade avaliada), o Chevrolet TrailBlazer LTZ 2.8 passou por uma avaliação diferente: percorreu mais de 2000 km no percurso Rio de Janeiro – Belo Horizonte – Itambacuri – BH – Rio de Janeiro. Foi mais longe para demonstrar como fica à vontade em seu habitat natural: a terra.
A seguir você acompanha as cinco partes do diário de bordo desta “expedição”:
1º dia – Viagens noturnas e uma discrepância quase mortal
Aproveitando o recesso de final de ano, o Novidades Automotivas resolveu fazer um teste diferente do usual. Um Road Test, com mais de 2.000 quilômetros rodados nos mais diversos terrenos, estradas e situações. Para esta jornada, foi designado o Chevrolet Trailblazer LTZ 2.8 CDTi, modelo 2014. Conforme veríamos, nada mais adequado do que um carro desse porte.
2º dia – O dia em que Minas Gerais parou e eu dancei sem querer dançar
Acordei do meu rápido sono e não chovia na capital da Zona da Mata. “Animador”, pensei. Abasteci os 76 litros de capacidade do tanque sem saber a frequência com que isso se repetiria nessa jornada. Calibrei os pneus e saí das margens do Rio Paraibuna às 9 horas da manhã daquele sábado, levando minha namorada a e mais algumas malas a tiracolo. No trecho da BR 040 sem duplicação e com muitas curvas e ultrapassagens, não queria ter que enfrentar estrada cheia até o primeiro destino do dia, que era Belo Horizonte, a 260 quilômetros de distância.
3º dia – Hoje a brincadeira é na lama!
Tendo acordado cedo no domingo (sacrilégio, registre-se), pude observar que a ação das chuvas sobre as estradas de terra do Vale do Mucuri se fez bastante onerosa. Desta forma, toda e qualquer ruazinha de terra se transformou em um estágio do Camel Trophy. Nesse exato momento, o lado maléfico começou a me lembrar do até então indesejável conjunto de eixo rígido e chassis sobre carroceria. Juntamente de tração 4x4 com reduzida. E o carro não era exatamente baixo. Cereja no topo do bolo? A entrega massiva de torque a baixas rotações.
4º dia – Entrando numa fria (como aprendiz de alpinista)
Primeira constatação naquele dia: o sol saiu, secando um pouco a lama que tomava conta da região. Em compensação: quando as ideias não necessariamente inteligentes e se concretizam, podemos entrar em apuros. E a Trailblazer sempre conosco.
5º dia – Navegando em mares calmos rumo ao final
Era hora do regresso. Com o conhecimento adquirido em outros verões, sabia que seguramente a estrada estaria vazia nesse dia. Meu plano era, saindo de Itambacuri às 9 horas de uma manhã ensolarada, chegar antes do anoitecer em Belo Horizonte. Um trajeto de 430 quilômetros que poderia ser cumprido com seis horas nas situações normais de tráfego e sem chuvas, e também sem pressa para percorrer o que nos esperava.