Novo Soul e Quoris são as próximas atrações da Kia para o Brasil
Marca, que já teve momentos melhores no país, quer ampliar suas vendas
Decidida a recuperar o ritmo de suas vendas, a Kia projeta crescimento para 2014. Desde o aumento do IPI dos veículos importados, medida protecionista adotada no Governo Dilma, a Kia nunca mais foi a mesma no Brasil. De 80 mil veículos vendidos por ano nos anos dourados, a marca caiu para 29 mil vendas registradas nesse ano. Para José Luiz Gandini, presidente da Kia no Brasil, o governo “conseguiu acabar com as importadoras de grande volume”. Dentre outras medidas para alcançar a meta, está o lançamento de novos modelos.
O primeiro dos lançamentos será o do sedã de luxo Quoris, que já figura há alguns meses na novela Amor à Vida, da TV Globo. Em seguida, vem a nova geração do Kia Soul, no mês de maio. A nova geração da Kia Carens, do Cerato Koup e a enfim vinda o Cerato Hatch seguem em suspensão. A marca deixou de ser competitiva frente aos altos preços, mas a adesão ao Inovar-Auto, programa do governo que incentiva montadoras e importadoras que investem em eficiência, somará às vendas da marca 4.800 unidades sem a sobretaxa de 30% que vinha sendo aplicada desde então.
A Copa do Mundo de Futebol da FIFA também será uma peça-chave. A Kia terá ações publicitárias em seis das cidades-sede. As outras seis terão ações da irmã Hyundai. Ainda no universo futebolístico, a marca descartou a possibilidade de patrocinar um time de futebol – ela chegou a patrocinar o Palmeiras. O merchandising em novelas, que foi reduzido consideravelmente, será fortalecido pela montadora.
A única saída viável para a montadora é a construção de uma planta no Brasil, que irá garantir a isenção da taxa de 30% sobre os importados. Atualmente, apenas o Bongo é vendido sem o imposto, visto que é produzido no Mercosul (mais especificamente no Uruguai). Todos os outros modelos vêm diretamente da Coreia do Sul. Gandini confirma que há diálogo com a matriz sul-coreana sobre a produção local, mas há uma certa indecisão se o investimento viria através da matriz (como na Hyundai, no caso do HB20) ou se ficaria nas mãos do importador. Enquanto isso, a marca vislumbra a era de ouro que ficou para trás.