Renault Logan se renova para 2014 com preços que partem de R$ 28.990
“O feio? Ficou bonito. E você, que julgou tanto, virou o que mesmo?”
O Renault Logan foi lançado no Brasil em 2007, e conseguiu conquistar seu público por oferecer espaço interno generoso, combinado a um excelente custo x benefício, algo inexistente àquela época. O design, que parecia ter sido criado 10 anos antes não foi obstáculo tão grande. Hoje a realidade é bem diferente. Novos concorrentes surgiram, os antigos evoluíram e o consumidor adquiriu outras preferências. Agora é chegada a hora do Logan se readaptar ao mercado, ainda que, apesar das mudanças profundas, mantenha a mesma plataforma. O importante é que ele ficou bonito, e mantém praticamente o mesmo preço-base: R$ 28.990.
O visual mudou consideravelmente, se adaptando à nova tendência visual da Renault. As linhas retas, típicas de carros de baixo custo, foram substituídas por linhas mais sofisticadas e arredondadas que parecem ter esticado o sedã – não houve alterações em suas dimensões. Os faróis agora são mais longos e com elementos internos mais definidos. A grade tem o logotipo da marca em destaque, enquanto assume um formato fluido. Na lateral, mudaram as maçanetas (que agora deixam de ter a esquisita configuração com o trinco acima da mesma).
A traseira, por sua vez, também concentra mudanças expressivas. As lanternas agora invadem a lateral e possuem filetes cromados que muito lembram os adotados na Volkswagen. A tampa do porta-malas (que segue com 510 litros de capacidade) mantém o aerofólio discreto, mas ganhou volume que conecta as duas lanternas. O interior tem novo volante (finalmente!), novos bancos e materiais de melhor qualidade no acabamento. O quadro de instrumentos também é novo, semelhante ao do Sandero 2012. A Renault diz que o isolamento acústico está melhor.
A mudança, entretanto, vai além do visual: também é política. O Logan quer um passaporte premium e, para isso, aposta na central multimídia touchscreen, que até agora só está presente de série ou opcionalmente (e não como acessório) apenas no Onix e Prisma, ambos da Chevrolet, e na família HB da Hyundai. A central multimídia tem diversas funções, dentre elas, o GPS e o Eco-Scoring, que estimula o motorista a adotar uma condução mais econômica como em um videogame, ou seja, de forma bem descontraída. Outra aposta é o ar-condicionado digital, inédito no segmento.
As opções de motores são 1.0 16V flex, que agora gera até 80 cv e 10,5 kgfm (como no Clio) e 1.6 8V flex de 106 cv e 15,5 kgfm. O câmbio é sempre manual de cinco velocidades.
Serão três versões: a Authentique, a mais básica, sempre 1.0, custando a partir de R$ 28.990; a Expression, intermediária, tendo como opção os propulsores 1.0 (R$ 33.390) e 1.6 (R$ 39.440); e a Dynamique, sempre 1.6, partindo de R$ 42.100. Todas já vem equipadas com airbag duplo e freios ABS de fábrica. banco traseiro agora é rebatível, antiga cobrança dos donos, mas apenas a partir da Expression. O navegador touchscreen e o ar-condicionado digital são opcionais em todas as versões (se combinados, os equipamentos elevam o preço da Dynamique para R$ 43.200). Em razão das vendas baixas, não teremos câmbio automático no Logan 2014, mas a Renault se prontificou a oferecer a versão novamente se houver demanda.
Em seis anos de mercado, o Logan conquistou desde taxistas até pais de família. Sua fórmula deu certo, mas foi necessário reinventá-la para mantê-lo de pé no mercado. Todas as mudanças o elevaram para um novo nível, e não seria equivocado reconhecer o empenho da Renault em transformar seu ganha-pão de tal maneira mantendo o mesmo carro em essência. Levando em conta o caráter de baixo custo, talvez seja muito cedo para uma nova geração por completo. Pode-se dizer, portanto, que o Logan finalmente chegou à puberdade.