Jacarandá brasileiro no painel, nome de sheik e um quê de Eldorado

O topo. É o que almeja o conceito Elmiraj, da Cadillac. Não se trata do topo de vendas, e sim o topo da gama, numa tentativa de reforçar o luxo da submarca da GM que tenta resgatar os anos dourados das marcas de luxo nos EUA nos anos 1990, visibilidade abalada ainda mais com a crise de 2008. O design é futurista, porém remete ao Eldorado 1967 numa mescla de retrô com o moderno ousado.

A frente se apresenta com uma imponente grade com o não menos destacado logotipo da Cadillac, revisto neste conceito. O logotipo agora impera sozinho em meio à grade escura. Os faróis são finos e longos, assim como as lanternas, que conferem esportividade ao cupê, junto das rodas de 22 polegadas. O interior também não deixa a desejar: acabamento de Jacarandá brasileiro e couro, junto de linhas inclinadas e uma tela touchscreen de dez polegadas.

Tudo que a Cadillac confirma sobre as especificações técnicas é que o carro é equipado com um motor 4.5 V8 de 507 cavalos. Ele será exposto em Pebble Beach, um lugarejo californiano com moradores ilustres desde Clint Eastwood até Alan Shepard e que sedia eventos automotivos que reúnem carros clássicos e de alto luxo. Montadoras como Infiniti já aproveitaram o evento para apresentarem seus modelos em outras ocasiões.

Quanto ao Elmiraj (que aliás, não sabemos se é um artifício de marketing para o Oriente Médio ou um neologismo para a expressão castelhana el mirage. De uma forma ou de outra, só podemos dizer até o momento uma coisa: se a versão final for fiel no design exterior, ele será uma obra prima próxima de uma miragem - com o perdão do trocadilho.