Teste | Volkswagen Golf VII 1.6 TDI #Parte 3

“Como uma amante francesa: Sensual, prazerosa e indevidamente rápida”

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Um dia após a viagem do Fábio, na qual servi como copiloto, foi a minha vez de ver o que o Golf teria a nos oferecer. No estacionamento do hotel, sofrendo com o frio do Velho Continente apesar do sol a pino, o roteiro foi traçado: Sairia de Ferney-Voltaire e iria para Genebra. De lá seguiria para Villeurbane, uma pequena cidade francesa conurbada com Lyon, a 155 km da cidade suíça dirigindo pelas excelentes autoestradas francesas, a despeito do terreno acidentado e das baixas temperaturas. Depois voltaria pelos Alpes guiando pelas estradas nacionais, grande parte delas de pista simples e recheada de curvas.

É hora de se ajeitar para o caminho. A ergonomia, mais uma vez, honra o modelo, que sempre foi referência nesse aspecto. Ponto H numa altura ideal para os meus “imensos” 1,69 m, hora de ligar o iPod no sistema de mídia do veículo, muito funcional e cheio de opções interessantes, ainda mais para uma versão intermediária. Entretanto, o sistema não reconhece a ligação via USB, fazendo com que somente o Bluetooth seja utilizado. Não é ruim, mas poderia ser melhor.

Saímos, e logo que peguei a autoestrada estabeleci velocidade de cruzeiro de 140 km/h no cruise-control, de fácil manuseio. O torque abundante e constante do 1,6 TDI fazia com que o carro mantivesse tal velocidade nas subidas do trecho inicial, percorrido nos maravilhosos Alpes franceses. Por outro lado, uma sexta velocidade melhoraria o conforto acústico e reduziria ainda mais o consumo, o que é bem desejável, por se tratar de uma versão Bluemotion, que visa uma maior eficácia do equipamento. Ainda assim, as retomadas são extremamente satisfatórias, sem grandes vibrações inerentes aos motores de ciclo Diesel.
Teste  Volkswagen Golf VII 1.6 TDI Bluemotion (16)[3][2]
Após 1h30 de viagem, logo cheguei a meu destino na França. Após algumas compras, era hora de voltar, já que se aproximava do fim da tarde e o carro deveria ser entregue durante a noite seguinte. Saímos de novo, e a qualidade dos assentos se fez presente ao manter incólume as costas do condutor, sem muito cansaço físico. Prosseguimos em meio a belíssimas paisagens bucólicas, até que pegamos a saída para Bellegarde-sur-Rhone, uma belíssima vila alpina. Coisa de filme, e o início de nosso trecho em pista simples.

Faço aqui um pequeno aparte. Para grande maioria dos motoristas do planeta, o simples ato de dirigir é uma banal forma de locomoção, assim como caminhar ou bater asas. Mas, para uma outra parcela dos povos, dirigir é algo que faz bem para o ser, uma terapia e algo que pode nos fazer sensivelmente felizes. Desde que o veículo nos propicie tais sensações.
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Eis aí a grande virtude do Golf 7: Trecho de serra, com a eminência da precipitação de neve, pista simples, curvas travadas e tudo mais. A sequência de reduções, debreagens, tomadas de curva e acelerações envolvidas que trazem à felicidade para os apaixonados por direção. Pois tudo isto está extremamente presente no Golf. A vontade de que o trecho de serra nunca acabasse era imenso.

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O Golf freia de forma justa e retoma com celeridade interessante para um motor como o avaliado. Mas seu comportamento em curva, transferência de massas e todo o handling da operação é um dos melhores já vistos nessa categoria. Quando, ao longo do tempo, famosas publicações alardearam que apenas os Peugeots 309 e 306, além do Ford Focus, chegaram a tal nível de exatidão, não é mero exagero. O Golf é bom de curva mesmo.

Adentramos na Suíça, com um frio absurdo, e vamos abastece-lo para entrega-lo no aeroporto. Quando aferi a média de consumo, interessantes 16,8 quilômetros por litro de diesel, com o ar condicionado dual-zone sempre ligado e após todas as situações acima relatadas. Era o fim da nossa jornada.xp8kq3p - Imgur[2]
Ao estacioná-lo no Aeroporto Internacional, e encará-lo mais alguns minutos no estacionamento, veio à tona a incessante pergunta que me fizeram por diversas vezes, e passo a engrossar o coro da queixa: Quando o teremos aqui na terra de Marco Feliciano, Volks? E a que preços. Agora nós já sabemos.

Tal qual uma amante francesa: Sensual, prazerosa e indevidamente rápida. Assim foi minha experiência com o Golf 7 1,6 TDI Bluemotion.

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