Expedição Etios – Resumindo uma aventura
Quatro japoneses, três mil quilômetros e inúmeras histórias e recordações para o futuro
Dia 24 de maio encerrou-se oficialmente a Expedição Etios. Depois de tanto chão percorrido, era inegável que todos estávamos com saudade de casa. Mas também é verdade que já existia toda uma nostalgia pelos momentos bons vividos naqueles dez dias, bem como uma outra saudade que já começava a ser criada, esta das companhias e das amizades feitas.
Os números foram repetidos à exaustão por nós blogueiros, pela própria Toyota e por sabe-se-lá quem mais. Três mil quilômetros, oito cidades, seis estados, oito paradas em hotéis, e tantos outros números menos relevantes de repente se tornaram um tanto relativos para a gente. Na verdade ficou mais a sensação do dever cumprido e a alegria de ter feito parte de uma coisa tão única como foi a Expedição Etios.
Voltando no tempo, me recordo de como toda a história começou, e de como eu pensei que seria uma loucura dirigir por uma distância tão grande dentro desse país de dimensões continentais que a gente tem. Hoje, dois dias depois que tudo terminou, vejo que foi uma loucura bem válida. Foi não só a maior e melhor aventura da minha vida. Foi toda uma jornada que foi além de tantos quilômetros. Valeu por todo o conhecimento adquirido, pelas amizades feitas, pelas mudanças de pontos de vista, pelas gargalhadas, sustos, e até pelos perrengues e discussões (peraí, houve perrengues e discussões?!).
Mas e o que falar dos Etios? Os dois hatches e os dois sedãs fizeram jus à fama de durabilidade que a Toyota tanto se vangloria de ter nos Corolla. Passamos por todo tipo de piso, de asfalto a terra batida, passando por areia, lama e brita, e a suspensão seguiu sem nenhum grilo, assim como a direção não apresentou folga, e tudo se manteve em perfeita harmonia dentro da cabine. Nenhum rangido, nenhuma folga, nenhuma peça solta. Mesmo sob condições um tanto severas de uso.
O motor e o câmbio mereceram elogios à parte. Ultrapassagens no limite da aceleração e/ou da aderência, longos percursos em altas velocidades (uma vez cheguei a passar dos 150 km/h), ou até mesmo engarrafamentos que pareciam intermináveis puseram os motores 1.5 e os câmbios manuais de cinco marchas à toda prova. E todos eles se saíram muito bem. Em toda a viagem, só precisamos abastecer o carro e mais nada.
O mesmo eu já não posso dizer das nossas estradas. Se, por um lado, a BR-101 (estrada que mais percorremos) estava com o asfalto muito bom, por outro a sinalização era extremamente precária, faltando às vezes até mesmo as faixas de sinalização na pista... Isso para não dizer de placas ou pontos luminosos que ajudassem os motoristas.
Pior ainda é a falta de cuidado e bom-senso dos motoristas. Por vezes nos vimos em algum risco por causa de motoristas imprudentes, que faziam ultrapassagens arriscadas ou mal-calculadas. Talvez o ápice disso tenha sido quando vimos um acidente fatal, logo nos primeiros dias de Expedição.
Mas, ainda assim, tudo que vivi nessa viagem foi extremamente válido. E digo mais: se pudesse, faria toda essa expedição novamente. Aliás, quando será a próxima mesmo?
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