Expedição Etios – Parte 5
Dilúvio, uma quase pane seca, ferry-boat e uma Bahia interminável
Data: 19/05
Percurso: Ilhéus (BA) – Praia do Forte (BA)
Logo num dos primeiros dias da Expedição Etios, um dos participantes falou pra mim a seguinte frase: “Cara, a Bahia é um buraco negro”. E, depois do dia que tivemos hoje na Expedição, só posso dizer uma coisa sobre o que ele disse: Sábias palavras...
Na parte anterior da Expedição, saímos de Trancoso e chegamos a Ilhéus. O começo do dia indicava que teríamos um percurso muito melhor e mais agradável que nos dias anteriores. Começamos o caminho, inclusive, sabendo que não teríamos mais que percorrer 500 km, e sim cerca de 360 ou 380 km, sem quase nenhum caminhão, já que era domingo. Até aquele momento praticamente era tudo só alegria. Eu disse era...
Dessa vez peguei o Etios Sedan cinza-escuro metálico (depois de dirigir um hatch e outro sedã, ambos prata). Nos primeiros quilômetros do percurso, pela primeira vez não pegamos a BR-101, e sim outras estradas, estaduais. Não consigo me recordar dos códigos, mas percorremos a BA-001 e mais uma rodovia. Por sinal, numa parte da BA-001, havia um mirante, o qual foi usado tanto por nós quanto pela equipe fotográfica para captar imagens dos Etios vistos do alto. Quase que na mesma hora os quatro carros nipo-indianos viraram atração turística. Um estranho comboio formado por dezenas de motos (a maior delas devia ser uma CB 300R) parou para admirar os carros e fazer perguntas sobre eles.
Uma vez tiradas as fotos e sanada a curiosidade alheia, tocamos o comboio. Foi a partir deste momento que o dia começou a complicar. Graças ao caminho nem um pouco curto de Trancoso a Ilhéus (com direito a mais uma confusão do GPS, como explicitei na minha última postagem), os carros estavam todos com 1/3 de tanque, ou menos. Aí começamos uma busca frenética por um posto de gasolina, rondando por várias cidadezinhas do interior da Bahia.
Depois de quatro postos (alguns desativados, outros – acreditem! – sem combustível!) e um dos carros quase em pane seca, conseguimos encher o tanque de todos os carros. Ironicamente, se considerarmos que todos os carros estão com lotação máxima nos porta-malas e carregam pelo menos 3 pessoas, o consumo deles está muito bom. Não medi o consumo exato, mas a média circula em torno de 13 km/l, o que se torna muito bom para as condições que o Etios tem rodado.
Uma vez resolvido o problema do abastecimento, partimos para Itaparica, onde almoçaríamos e seguiríamos para a Praia do Forte. Logo nos primeiros quilômetros desaba um verdadeiro dilúvio, que por um lado serviu para testar o comportamento e a vedação dos carros na chuva (onde todos passaram com louvor), e por outro obrigou a todos nós a andar muito lentamente, havendo momentos onde o limpador de para-brisas (sim, apenas um) não conseguia abarcar tanta água e a visibilidade se tornava quase nula.
Mais uma vez o GPS nos pregou uma peça e perdemos algum tempo (e um bom punhado de quilômetros) tentando encontrar o endereço do restaurante em Itaparica... E assim que o encontramos - depois de passar por inúmeras ruas cheias d’água e muito sujas de barro -, o restaurante reservado estava... Em férias coletivas! Sim! Pode parecer piada de mau-gosto mas não é! O restaurante estava fechado mesmo, e com isso tivemos que comer em outro lugar.
Uma vez resolvida a questão alimentícia, tocamos para Salvador. O detalhe é que, para isso, tínhamos que ir de ferry-boat (ou balsa, como chamamos em Aracaju). Ou seja: para esperar a embarcação chegar, foi-se uma hora de espera. E para conseguirmos chegar em Salvador, mais uma hora. Quando descemos do ferry-boat, passei o volante para um dos outros cinco blogueiros que compõem a equipe. Nos poucos quilômetros que percorremos em Salvador, percebi que a cidade (talvez pela corrida da Stock Car, talvez pelo título de campeão baiano para o Vitória) estava com um trânsito bastante caótico (segundo o colega – paulista – que pegou o carro, era “muito similar ao de São Paulo”). Na capital não foi gasto tanto tempo, mas houve dois momentos onde corremos perigo. Num primeiro momento, em plena paralela de Salvador (e cheia de tráfego) um Corsa se jogou no meio do comboio e, novamente, se não fosse o ABS, teria acontecido um engavetamento. O outro foi próximo da saída da cidade, quando já descendo uma alça de acesso, um caminhão quase espremeu o carro que eu estava de passageiro.
Curiosamente, o trecho de Salvador foi o mais curto, com pouco mais de 100 km. A estrada Para a Praia do Forte não está diferente em quase nada daquela que já percorri em 2010. É basicamente o mesmo lugar que visitei 3 anos atrás.
O próximo destino será Aracaju. Apesar de estar indo à minha cidade natal, o tempo será curto para apresentá-la aos outros blogueiros, com cerca de 200 e poucos quilômetros a serem percorridos. É o menor Estado do Brasil, afinal…