O jipe que nasceu soviético e virou russo durará pelo menos por mais 4 ano

A Lada, montadora russa que comercializou parte de sua linha de veículos no Brasil nos anos 1990, anunciou que o veterano Niva, lançado em 1977, deverá ter sua produção mantida pelo menos até 2016. A justificativa oficial é a alta demanda pelo veículo, que entre os anos de 2002 e 2012, 370 mil unidades foram comercializadas na Rússia e 150 mil foram exportadas para outros países.

O Niva é até os dias de hoje uma referência no campo off-road, pela sua valência nas trilhas. Fruto de um projeto soviético, é até hoje um dos carros preferidos para praticantes de trilha. Além de barato e eficiente, o Niva tem uma boa mecânica, algo destacado até mesmo aqui no Brasil, onde o Niva estreou em 1991 quando a União Soviética ainda existia.

Em relação ao modelo que deixou de ser importado por aqui no início dos anos 2000, o Niva recebeu modificações no exterior e no interior, mas nada que o deixasse muito diferente. Porém, para durar até 2016 (e além disso, acredito), a Lada irá investir em modernizações no interior, como em um novo quadro de instrumentos e novos equipamentos, além de modificações mecânicas e estéticas, como novos amortecedores, uma transmissão mais rápida e precisa e novas opções de cores.

Ao contrário do Laika, sedan de baixo custo produzido pela marca desde os anos 1970, o Niva não possui a obrigatoriedade civil de se renovar. Não é um carro direcionado para as famílias russas. É um carro lendário, cuja imortalidade deve se dar pela sua manutenção eterna nas linhas de produção russas. E, a julgar pelos novos projetos da Lada, como o Granta, cujo porta-malas não conseguiu ser fechado pelo presidente Putin em um vídeo veiculado pela internet, ou o Largus, que nada mais é que uma Logan MCV com os logotipos da Lada, é melhor deixar o Niva como está. Long live the Niva!