GM e PSA poderão estrear modelos com plataformas compartilhadas em 2016
Depois de firmada a parceria entre a PSA (Peugeot-Citroën) e a GM, chegou a hora de definir os frutos da aliança. O comitê da união entre as duas marcas se reuniram em Detroit (EUA), sede da General Motors, na última quarta-feira (9) para discutir o futuro do acordo, de acordo com o site Automotive News. As propostas giram em torno da troca do know-how das duas empresas.
A produção de subcompactos europeus, como Opel Astra e o Citroën C3, passaria a contar com a tecnologia PSA pela ampla experiência do grupo neste segmento (Peugeot e Citroën sempre tiveram referências nas categorias populares, vide o 2CV). Já os modelos médios, como o Citroën C5 e o Peugeot 508, deverão contar com a tecnologia GM, que domina os nichos mais luxuosos.
Já há, inclusive, uma lista de planos: Frederic Saint-Gerous, diretor geral da Peugeot, afirmou ao jornal italiano Corriere Della Serra que a união poderá originar um crossover, uma minivan compacta, dois modelos médios e dois outros compactos. Seus respectivos lançamentos deverão ocorrer depois de 2016. Não se sabe, porém, se substituirão alguns modelos, mas é certo que os compactos deverão aposentar os já cansados Citroën C1 e Peugeot 107. A versão GM desses compactos poderão chegar ao Brasil.
Também não se sabe se as diferenciações estéticas serão grandes ou pequenas, mas sabemos que a PSA é ótima nisso – já venderam o Mitsubishi Outlander sob o logotipo Peugeot e Citroën com mudanças consideráveis, que descaracterizaram o design da Mitsubishi, assim como até hoje, PSA e Mitsubishi compartilham um modelo elétrico, assim como o grupo francês compartilha a plataforma do Aygo para a produção do C1 e 107. Sabe-se também que Jean Pierre Ploué, design-chefe da PSA, tem uma linha de estilo extremamente diferente do estilo da Chevrolet.
A aliança poderá ser vista com bons olhos se focar nas qualidades inclusas no know-how de cada uma das marcas e manter a identidade visual. Perfeito para fazer com que a GM reconquiste as vendas no Velho Continente através da Opel e da própria Chevrolet, e a PSA, recuperar vendas através dela mesma. Será que as marcas francesas ganham espaço nos EUA? Ao menos, certamente, novos compactos que possivelmente estrearão por lá terão plataformas com cidadania francesa.