Citroën C3 “Brasil” aparece sem disfarces a poucos meses do lançamento
O C3 parece estar cada vez mais perto do Brasil. Em uma velocidade tão baixa quanto um carro de 1890. Lançado em 2009 na Europa, o C3 chegará ao mercado brasileiro entre julho e agosto. O site Autos Segredos flagrou uma carreata deles rodando em Belo Horizonte (MG) sem disfarces. Enquanto os flagras anteriores mostravam apenas o exterior das versões mais caras, este mostra também tanto o exterior quanto a cabine da versão mais simples.
Para compensar o atraso, o C3 virá com mudanças em relação ao europeu, como a Peugeot fez com o 308 brasileiro (que difere do 308 francês). Conforme mostram as fotos que ilustram este texto, as mudanças abrangem desde a carroceria até o interior. Positivas ou não, as mudanças começam na frente. A grade provém da C3 Picasso e do AirCross, mas conta com o logotipo renovado.
No modelo europeu, o espaço é uma continuação do capô, como no Ka reestilizado. As luzes diurnas de LEDs agora surgem logo abaixo do farol. A traseira também ganhou o novo emblema da marca, acompanhado do nome da montadora no centro da tampa do porta-malas. A versão mais barata terá calotas e maçanetas e retrovisores foscas. A topo de linha, por sua vez, terá maçanetas cromadas.
O interior mudou bruscamente em relação ao europeu. O painel, aparentemente, é o mesmo da C3 Picasso e da AirCross. A medida, para economizar custos, aboliu o admirável painel do C3 francês, com saídas de ar trapezoidais, mais sofisticadas que a atual. O ar-condicionado digital também não figura na versão mais barata, dando lugar aos comandos manuais. O painel agora é inteiramente analógico – a primeira e atual geração marcou pelo painel digital acompanhado do conta-giros analógico. O volante é o mesmo das minivans derivdas do hatch, mas não tem os apliques prateados na versão de entrada.
Esta economia parece uma estratégia da marca de oferecer a nova geração pelo mesmo preço da atual (cerca de R$ 37.900, no nível de concorrentes fortes com o o JAC J3). Publicações apontavam preços de cerca de R$ 48 mil, preços que devem corresponder às versões mais caras. Esperava-se que os preços seguissem os do 208, da Peugeot. Este, por sua vez, não deverá contar com as versões mais básicas a princípio, o que contradiz a imagem premium da Citroën (ambas formam o grupo PSA).
O C3 será equipado por dois motores: o atual 1.4, que gera 80 cavalos na gasolina e 82 cv no etanol, e o 1.6 que estreou no 308, com 115 cv e 122 cv, respectivamente. Este último se destacou por aposentar o tanque da partida a frio. A transmissão automática continuará sendo uma alternativa à manual. O motor 1.6 certamente equipará a versão topo de linha, que terá faróis diurnos de LEDs, teto panorâmico, GPS integrado ao painel, faróis auxiliares e rodas de liga leve. A versão de entrada deverá contar com airbag duplo e freios ABS de série. É possível que a versão XTR permaneça nesta nova geração.