Após aliança global, GM e Peugeot poderão ter fábrica conjunta no Brasil

PSA-GM 
A aliança global entre a Peugeot e a GM certamente trariam frutos para o Brasil, mas não tínhamos ideia de que isso aconteceria tão rápido. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, ambas as marcas planejam construir uma fábrica conjunta no Brasil. O complexo fabril seria construído no Rio de Janeiro, mais especificamente no sul do estado, em Resende (onde já há uma fábrica do grupo PSA) ou em Minas Gerais.

O interesse no Sul Fluminense pode ser explicado pelo recente crescimento no número de distribuidores de autopeças na região. Esse fenômeno é reforçado pela presença da fábrica da PSA (Peugeot e Citroën), em operação desde 2001, e pela construção da nova fábrica da Nissan, que entrará em operação em 2014. Para a Peugeot, devido à proximidade da sua atual fábrica (em Porto Real), isso poderia ser bem interessante. Apesar disso, o estado de MG também é cotado.

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A aliança franco-estadunidense visa criar um joint venture em que a Peugeot se envolva com a produção de compactos pela sua experiência na área e a GM de veículos médios. A revista Quatro Rodas já flagrou um Citroën C1 no Brasil, o que pode mostrar que os projetos já começaram (a Citroën é uma marca aliada à Peugeot); o compacto europeu seria uma “mula” do novo compacto. A necessidade de realizar o projeto é imediata, pois os mercados emergentes são preciosos em tempos de crise. 

No Brasil, os frutos da aliança fazem total sentido: eles cairiam como uma luva. A GM tem uma linha de compactos defasada, com o Celta, um projeto de 2000 com plataforma do Corsa B, de 1994. Suas versões mais caras serão substituídas pelo Ônix, mas a versão de entrada continuaria em linha pelo preço do novo modelo ser compatível com outros modelos como o Gol G5 e o Sandero. Já a Peugeot tem o 207, nada mais que um 206 1998 com mudanças na carroceria. O 208, já confirmado para o país, viria mais caro. É a chance da Peugeot introduzir um subcompacto no mercado.

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O investimento aplicado na fábrica seria de US$ 1,2 bilhão, praticamente R$ 2,4 bilhões considerando a alta do Dólar. A aliança global das marcas deverá gerar, apenas pelo compartilhamento de peças e plataformas, o lucro de US$ 1 milhão, isso sem considerar, é claro, o consequente aumento nas vendas. Peugeot e GM não desmentem a informação, mas também não confirmam. É sabido, entretanto, que o foco na concorrência está mais virado para as marcas asiáticas. Leiam-se compactos chineses e sul-coreanos. E, além destas marcas, Fiat e VW que se cuidem. 

Com informações da Folha de São Paulo
Colaborou Carlos Eduardo Tobias

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