JAC cancela planos para construção de fábrica no País
Henrique Rodriguez
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Até então, todos os pronunciamentos da JAC Motors a respeito do aumento em 30 pontos percentuais na alíquota do IPI vinham da importadora, o Grupo SHC. Na última sexta-feira, no entanto, foi a vez da matriz chinesa dar seu parecer por meio de seu gerente geral, She Cairong. Ele foi certeiro: suspendeu o plano de construção da fábrica da empresa no Brasil.
Cairong reforçou as palavras de Sergio Habib, presidente da JAC Motors do Brasil, afirmando que para uma montadora instalar sua primeira fábrica no País é necessário criar raízes e ampliar suas vendas, e que isso não é possível tendo que atender à regra de nacionalização de 65% dos componentes de imediato. O executivo ainda acrescentou que essa mudança repentina e inesperada é contra as regras de comércio internacional, além de ser uma medida protecionista tomada pelo governo.
Trechos da nota:
"Nós começamos o nosso negócio no Brasil em março de 2011, em parceria com o Grupo SHC, e desde então a JAC Motors criou uma boa imagem no mercado brasileiro. Oferecemos automóveis bem equipados e com itens de segurança que nossos concorrentes diretos não oferecem, além de oferecer seis anos de garantia. “
"O Grupo SHC investiu US$ 200 milhões na rede de concessionárias. Estamos muito orgulhosos com o sucesso da marca e com o papel que desempenhamos como reguladores de preços para nossos concorrentes, o que favoreceu os consumidores brasileiros.”
"Com tanto sucesso, decidimos antecipar nossos planos iniciais. Em 1 de agosto de 2011 assinamos um acordo de joint venture com a SHC anunciado a intenção de abrir uma fábrica no Brasil, com início de operações em 2014, investimentos de US$ 600 milhões e geração de 3,5 mil empregos diretos.”
"Em 15 de setembro de 2011 o IPI aumentou em 30 pontos percentuais (de 13% para 43%) para os automóveis importados e com essa modificação radical na lei, infelizmente nossos planos mudaram.”
"O resultado desse aumento no IPI é na realidade equivalente a um aumento no imposto de importação para 85%.”
Fonte | O Mundo em Movimento
