Latin NCAP realiza primeiros crash tests com veículos vendidos no mercado brasileiro
O Latin NCAP, Programa de Avaliação de Carros Novos, famoso por suas avaliações em diversos continentes como a Europa (lá chamado de Euro NCAP), realizou seus primeiros testes com modelos vendidos no Brasil (com exceção de um apenas). Os resultados não foram animadores para o consumidor brasileiro.
O melhor do teste foi o Toyota Corolla, equipado com airbags, conseguindo 4 de 5 estrelas na proteção de um adulto e apenas uma estrela de cinco na proteção de uma criança. Segundo o teste, um adulto poderia machucar os joelhos, e a criança poderia bater no banco do motorista durante a batida.
Em seguida, no ranking, fica o Fiat Palio com airbags, que conseguiu 3 estrelas na proteção de um adulto e duas estrelas na proteção de uma criança. Já sem airbags, o modelo tem apenas uma estrela e duas estrelas, nas respectivas classificações. No caso do modelo equipado com airbags, ao modelo poderia machucar o motorista no peito, e sem airbags, ele poderia sofrer lesões em várias partes do corpo. O concorrente Volkswagen Gol registrou resultados iguais.
O Peugeot 207 atingiu duas de cinco no caso de um adulto e de uma criança, equipado com as bolsas infláveis. Sem os airbags, ele possui apenas uma estrela e duas estrelas na proteção dos passageiros nas respectivas classificações. Segundo a avaliação, o motorista poderia machucar-se facilmente no painel durante um acidente.
A Meriva com airbags mostrou-se relativamente segura, tendo apenas falhas no painel que poderiam machucar o condutor do veículo. O resultado do teste foi de três estrelas e uma estrela, porque uma criança na cadeirinha bateria no banco do condutor.
O único modelo do teste que não é vendido no Brasil, o Geely CK, não recebeu estrelas no caso de adultos no veículo, e uma estrela na proteção de crianças na cadeirinha legalizada.
Vale lembrar que o teste dos modelos com airbag só foi feito a pedido das montadoras, já que o resultado claramente não foi bom – nem para as montadoras, e, é claro, nem para o consumidor. Falta no Brasil bons modelos. Bons em conforto e segurança. Os equipamentos de segurança tem que ser encarados como algo sério, e não como um custo a mais.