Dica da Semana - Como escolher uma boa oficina?
Por mais cuidadoso que você seja, um dia terá de levar seu carro a uma oficina: seja para regular o motor, trocar alguma peça ou consertar um pequeno raspão na lataria. O problema surge quando não se conhece ninguém que possa indicar um estabelecimento confiável, e também não se quer recorrer aos serviços, muitas vezes impessoais, de uma concessionária. Então, como reconhecer uma boa oficina? Em um primeiro momento, pode parecer complicado, mas, seguindo dicas básicas, você terá sucesso.
O primeiro contato é essencial. Preste atenção no atendimento. Um simples telefonema pode ser revelador. Se for pessoalmente, quando chegar, veja se a oficina dispõe de um espaço para recepção dos clientes e seus veículos. Os funcionários são atenciosos e educados? De preferência, devem estar uniformizados. Uma vez que você decida deixar o carro para orçamento, é importante que a empresa trate bem dele desde o início.
A oficina deve fornecer uma ficha detalhando o estado no qual seu veículo foi recebido: informações como quantidade de combustível, quilometragem e presença de acessórios (calotas, antena etc.) devem constar dessa ficha. Além disso, o estabelecimento deve providenciar capas para os bancos, a fim de proteger o revestimento interno de manchas. E, depedendo do serviço, protetores para a carroceria.
Enquanto o orçamento é realizado, aproveite para observar as instalações do local. O ambiente deve ser limpo, organizado e bem iluminado. Equipamentos e ferramentas devem estar em lugar específico, bem como as peças e os demais materiais. Repare na roupa dos mecânicos. Seus uniformes estão sujos demais? Mau sinal.
Dependendo dos serviços prestados pela oficina (funilaria, pintura, mecânica), existem alguns equipamentos que são fundamentais para a qualidade do trabalho. Numa funilaria o processo de lixamento da carroceria deve ser a seco, utilizando ferramentas especiais: lixar com água, além de propiciar o surgimento de pontos de ferrugem no futuro, é um processo manual que depende da força empregada pelo funileiro. E, ainda por cima, encharca o chão da oficina. Soldas com maçarico também não são recomendadas, embora ainda sejam muito comuns em pequenos estabelecimentos. O problema é que esse processo de soldagem superaquece o metal, comprometendo suas características e favorecendo o aparecimento de corrosão. O ideal é a utilização das soldas elétricas (MIG ou MAG), que produzem temperaturas menores e não danificam a chapa.
Os estabelecimentos que trabalham com pintura devem contar também com uma cabine ou estufa específica para esse fim. Em uma estufa, a secagem da pintura pode ser feita em cerca de 40 minutos, enquanto, ao ar livre, o processo pode demorar até dois dias. Além disso, a cabine impede que a carroceria tenha contato com a sujeira ou outros resíduos que estejam suspensos no ar.
No tocante à parte mecânica, a eletrônica presente nos veículos atuais tornou, imprescindível, a utilização de equipamentos modernos para verificar o funcionamento da injeção eletrônica, por exemplo. Mas não é só isso. Não basta contar com os mais modernos aparelhos, se não houver funcionários aptos a lidar eles.
Uma das maneiras de saber se os mecânicos da oficina são treinados, é observar os certificados ou diplomas que as empresas e seus profissionais possuem, os quais devem estar expostos em locais visíveis. Esses atestados podem vir de entidades como ASE, IQA, Cesvi Brasil, ou, ainda, de fabricantes de autopeças que fornecem certificados de conclusão dos cursos que promovem.
Quando o orçamento estiver pronto, um funcionário deverá explicar tudo o que precisa ser feito em seu carro, esclarecendo todas as dúvidas que você possa ter. Ao término do serviço, a oficina deverá apresentar as peças substituídas, além de fornecer a nota fiscal discriminando todos os serviços realizados no veículo.
Observando todos esses cuidados, a escolha de uma boa oficina será algo muito mais fácil.