Híbridos fora dos planos no Brasil
Esportivos, compactos, sedãs ou cupês. Não importa a configuração do automóvel. Os carros híbridos, que funcionam com um motor a combustão, como nos veículos tradicionais, auxiliados por uma unidade elétrica ou a hidrogênio, cada vez mais se tornam realidade. Tanto que no Salão de Detroit, em janeiro, serviu de palco para diversas montadoras apresentarem modelos de produção ou conceitos com tal tecnologia.
Se no exterior a frota de híbridos aumenta, no Brasil é nula. Isso porque não existe a menor previsão de quando eles poderiam desembarcar por aqui. Uma vez que no país são adotadas outros tipos de soluções. É o caso da GM, que aposta somente na fabricação de veículos flex, tecnologia que tem sido bem sucedida, tem rede montada e abastecimento firme. E não há perspectivas de que isso venha a mudar.
Mas, afinal, por que os veículos híbridos não chegam ao Brasil e nem existe a possibilidade para que isso aconteça? Não, os híbridos ainda representam uma pequena parcela, sendo apenas um nicho de mercado. Até mesmo em países mais ricos, como Estados Unidos e Japão. Ainda é uma tecnologia muito incipiente, sem produção em larga escala, o preço é alto. Além disso, um dos empecilhos para os híbridos no Brasil é a falta de uma rede bem estruturada para que possam ser abastecidos.
os híbridos custam cerca de 30% a mais do que um veículo convencional, o que inviabiliza a chegada deles no Brasil. ainda mais, que aqui, 70% das vendas são representadas por carros compactos, de baixo custo. Os preços elevados são os verdadeiros vilões para que os carros híbridos sejam vendidos no Brasil. Ainda mais quando taxas de 100,66% são cobradas para a importação de um veículo.
Para se ter uma idéia do quão salgado seria o preço de um híbrido por aqui, basta fazer a conta. O Toyota Prius, por exemplo, que é vendido nos Estados Unidos por US$ 22 mil, não sairia por menos que R$ 99, 7 mil, levando-se em conta apenas as taxas de importação. O mesmo aconteceria com o Cadillac Escalade, que custa US$ 71.685. Só com impostos ultrapassaria a casa dos R$ 321,8 mil.